EDUCAÇÃO FÍSICA E INCLUSÃO: proposta pedagógica inclusiva para estudantes com TEA nas aulas de EF escolar
Nome: DHIEGO GUALBERTO DE ABREU
Data de publicação: 14/03/2025
Banca:
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Papel |
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ERINEUSA MARIA DA SILVA | Examinador Interno |
JOSE FRANCISCO CHICON | Examinador Externo |
LUIZ ALEXANDRE OXLEY DA ROCHA | Presidente |
Resumo: Os sistemas e redes de ensino, assim como as instituições escolares, devem se
planejar para uma educação com foco na equidade, reconhecendo as diferentes
necessidades educacionais dos/as estudantes. Isso também demonstra o
compromisso com os/as estudantes com deficiência, destacando a importância de
práticas pedagógicas inclusivas e da diferenciação curricular, conforme estabelecido
na Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Brasil, 2015). A Educação
Física Escolar (EFE) não é uma exceção e desempenha um papel fundamental no
desenvolvimento dos/as estudantes. Nesse contexto, a EFE possibilita o acesso a
um vasto repertório de cultura corporal. Assim, entendemos que a EFE tem grande
importância para o público-alvo da educação especial, incluindo os/as estudantes
com Transtorno do Espectro Autista (TEA), foco desta pesquisa. O objetivo foi
elaborar e desenvolver uma proposta pedagógica inclusiva para estudantes com
TEA nas aulas de Educação Física Escolar em uma turma de 7º ano do ensino
fundamental. A pesquisa foi desenvolvida na Escola Municipalizada Prudente de
Moraes (E. M. P. M.), localizada no município de Miracema – RJ. Os sujeitos da
pesquisa são 20 estudantes das turmas de 7º ano (com idades entre 11 e 15 anos) e
17 professores/as (com idades entre 25 e 70 anos) do turno matutino, no ano de
2024, totalizando 37 participantes. Esta pesquisa caracteriza-se como uma
pesquisa-intervenção, de caráter qualitativo. Nas primeiras etapas, foram coletados
dados sobre a estrutura escolar, informações sobre o estudante com TEA e o
conhecimento dos/as professores/as e estudantes da turma sobre o tema da
pesquisa, por meio de questionários, entrevistas semiestruturadas e rodas de
conversa. Na etapa seguinte, foi elaborado o Plano Educacional Individualizado
(PEI) do/da estudante com TEA, juntamente com a estratégia inclusiva para as aulas
de Educação Física na turma de 7º ano, na qual o estudante está inserido. A
metodologia previamente estabelecida foi aplicada durante dois bimestres,
abrangendo um total de 24 semanas. Por fim, foi realizada a análise, descrição e
conclusão dos dados coletados por meio de questionários, rodas de conversa e
registros no diário de campo, além de vídeos e fotos das aulas. Os dados foram
analisados com base nas recorrências emergentes das intervenções pedagógicas,
seguindo uma abordagem interpretativa. As estratégias utilizadas incluíram
conscientização sobre a diversidade e capacitismo, inserção do hiperfoco do
estudante com TEA nas atividades, jogos cooperativos e competitivos, além de
adaptações em jogos, brincadeiras e esportes. Os resultados evidenciaram que a
proposta didática inclusiva teve impacto significativo, promovendo maior
participação, socialização e aprendizagem do estudante com TEA em conjunto com
sua turma. Os/as estudantes atribuíram significados e estabeleceram conexões com
as práticas realizadas, além de avançarem em atitudes mais inclusivas e empáticas
no ambiente escolar e na sociedade. A inserção do hiperfoco Dinossauros e Robôs
destacou-se como uma estratégia pedagógica eficaz para fortalecer a conexão e
socialização do estudante com TEA.