Enfrentando o afastamento das meninas nas aulas de Educação Física com base na abordagem ativista: aprendizados de um autoestudo colaborativo
Nome: ISABELA MOREIRA SANTANNA
Data de publicação: 07/11/2024
Banca:
Nome | Papel |
---|---|
CARLA NASCIMENTO LUGUETTI | Examinador Externo |
HEIDI JANCER FERREIRA | Examinador Externo |
MARIANA ZUANETI MARTINS | Presidente |
Resumo: Este trabalho investiga as possibilidades de ressignificação da minha prática pedagógica utilizando a Abordagem Ativista nas aulas de Educação Física no Ensino Fundamental, com foco no enfrentamento das desigualdades de gênero. A pesquisa foi conduzida em uma escola pública da rede estadual do Espírito Santo, com uma turma do 4o ano do Ensino Fundamental. Utilizando a metodologia de autoestudo colaborativo e a Abordagem Ativista, o estudo buscou promover um ambiente de aprendizagem mais democrático, no qual os(as) alunos(as) participassem ativamente da construção das aulas. A pesquisa problematizou como as práticas tradicionais de Educação Física, muitas vezes, perpetuam desigualdades de gênero de forma velada. O autoestudo colaborativo permitiu uma reflexão crítica contínua sobre minha prática docente, enquanto a Abordagem Ativista se mostrou fundamental para transformar essas dinâmicas, incentivando e construindo com os(as) alunos(as) formas de participação inclusivas. A Abordagem Ativista é pautada pela ação engajada e comprometida com a transformação social, sendo sensível às desigualdades de gênero, especialmente aquelas que impactam meninas/mulheres no ambiente educativo. Os dados foram coletados a partir de intervenções pedagógicas desenvolvidas ao longo das aulas, registradas em diários de campo. As transcrições das reuniões com a comunidade de prática também foram utilizadas nas análises interpretativas. A pesquisa evidenciou que, embora as desigualdades de gênero permaneçam um desafio, a transformação pedagógica é possível por meio de práticas críticas que envolvem escuta ativa e o compartilhamento de poder em sala de aula. Este estudo destaca a importância de continuar desenvolvendo práticas pedagógicas que enfrentem as desigualdades de gênero, utilizando o espaço escolar como um local de transformação social e promovendo mudanças tanto na prática docente quanto nas interações dos(as) alunos(as).
Palavras-chave: Abordagem Ativista; Autoestudo Colaborativo; Desigualdade de Gênero.