O Planejamento na jornada de trabalho do professor de Educação Física.

Nome: CAROL FARIAS SILVA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 21/08/2015
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
SANDRA SOARES DELLA FONTE Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANA CAROLINA GALVÃO MARSÍGLIA Examinador Externo
SANDRA SOARES DELLA FONTE Orientador
ZENÓLIA CHRISTINA CAMPOS FIGUEIREDO Examinador Interno

Resumo: Este estudo tem como temática a relação entre trabalho e educação, especificamente a organização da jornada de trabalho do professor. Buscou responder as seguintes questões: como o planejamento (PL) aparece oficialmente na jornada de trabalho do professor de EF do município da Serra (ES)? Quais funções lhe são atribuídas? Como o PL é organizado? Por sua vez, o que os professores de EF dessa rede de ensino afirmam fazer durante o PL e quais as razões que os levam a executar tais tarefas nesse momento de PL? A partir desses questionamentos levantamos algumas hipóteses, entre elas, a de que o professor é solicitado a realizar, no tempo de planejamento, tarefas que vão muito além da ação de planejar; e mesmo algumas delas podendo fazer parte das atribuições docentes na escola, tais tarefas só podem ser realizadas nesse tempo, já que não existe momento específico para essas outras demandas. Diante das questões e das hipóteses levantadas, buscamos, nessa pesquisa, elaborar um diagnóstico que possa contribuir para avaliar a atual organização do trabalho docente, especificamente no que tange ao momento de planejamento. A pesquisa tem por base o referencial teórico marxista, principalmente o conceito de trabalho em Marx, de pôr teleológico em Lukács e de trabalho educativo em Saviani. Para alcançar o objetivo proposto, junto ao referencial teórico recorremos à coleta de dados por meio de questionário e entrevista. De forma geral, os dados analisados nesta dissertação corroboram nossa hipótese. Apesar de a Lei do Piso garantir oficialmente ao professor um terço da sua jornada de trabalho destinado à atividade de planejamento, esse tempo está preenchido com inúmeras outras atividades e por isso o ato de planejar é reduzido a uma atividade burocrática. Para dar conta minimamente de suas atribuições, por conta desse tempo reduzido, o professor trabalha além de sua jornada. E sente-se de tal maneira sobrecarregado que chega a utilizar o tempo de PL para descanso. Preocupa-nos, sobremaneira, o lugar do planejamento coletivo no trabalho docente. Alguns professores disseram não ter esse trabalho coletivo na sua unidade. Todavia, mesmo para aqueles que afirmaram ter esse tempo não acontece de fato um trabalho educativo coletivo, sendo reduzido a tempo de compartilhar informações. A alta demanda de tarefas e o tempo escasso tem descaracterizado o planejamento no trabalho docente. E acreditamos que tal fato contribui enfaticamente para o processo de intensificação/precarização do trabalho docente. É preciso considerar os avanços proporcionados pela Lei do Piso. Todavia, existem aspectos que fazem dessa lei uma lei caduca. Muitas lutam necessitam ser travadas e entendemos que os resultados dessa dissertação podem contribuir positivamente.

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