EFEITO DE DIFERENTES PERIODIZAÇÕES DO TREINAMENTO AERÓBIO SOBRE O LIMIAR ANAERÓBIO VENTILATÓRIO

Nome: DEBORAH SAUER
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 26/02/2013
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
LUCIANA CARLETTI Co-orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANSELMO JOSE PEREZ Orientador
LUCIANA CARLETTI Coorientador
WALACE DAVID MONTEIRO Examinador Externo

Resumo: Existe na literatura um grande número de estudos, avaliando os efeitos do treinamento sobre o limiar anaeróbio ventilatório (LAV) de indivíduos com diferentes perfis fisiológicos. No entanto, nenhum deles investigou uma possível influência da aplicação da sobrecarga na intensidade do esforço sobre esse parâmetro, de forma periodizada. O objetivo principal foi estudar o efeito do treinamento aeróbio, com progressão da intensidade ondulatória, crescente e escalonada, sobre o LAV e VO2pico, e secundariamente avaliar os efeitos do treinamento sobre a eficiência ventilatória e frequência cardíaca (FC) associada ao LAV. Foi hipotetizado que o aumento do LAV seria potencializado no grupo com periodização crescente e que o aumento absoluto do LAV seria superior ao aumento do VO2pico nos três grupos. Foram recrutados 48 homens saudáveis e ativos e distribuídos aleatoriamente em três grupos: crescente (GCRES n=15), ondulatório (GOND n=18) e escalonado (GESC n=15). Os grupos foram submetidos a 13 semanas de caminhada e/ou corrida, três vezes por semana, por 30 minutos. A intensidade inicial de 65% da FCmáx. foi incrementada até 90% da FCmáx., para os três grupos, porém a estruturação dessa progressão ocorreu de forma distinta para cada grupo. Os três grupos aumentaram o VO2LAV (GOND: 29,1±4,3 vs. 32,2±4,1; GCRES: 29,9±4,6 vs. 34±5,7; GESC: 32,8±4,6 vs. 35,7±4,9 ml.kg-1.min-1. p <0,05), o VO2pico (GOND: 52,6±6,8 vs. 57,8±10,4; GCRES: 52,9±10,2 vs. 57,7±10,4; GESC: 54,2±8,1 vs. 61,5±8,7 ml.kg-1.min-1 p<0,05), e a eficiência ventilatória, porém sem diferenças entre eles. A magnitude do aumento absoluto no LAV e VO2pico (delta), foi proporcional no GOND e GCRES, mas no GESC o aumento do VO2pico foi superior ao encontrado no VO2LAV. Não houve alteração no %VO2LAV e FC no LAV. Concluiu-se que 1) os modelos de progressão da intensidade escalonado e ondulatório apresentaram a mesma eficácia que o modelo crescente no aumento do LAV e VO2pico; 2) o aumento do LAV não foi superior ao aumento do VO2pico nos três grupos; 3) houve uma manutenção da FC medida no LAV após o treinamento; 4) o aumento da eficiência ventilatória nas condições do presente estudo não foi afetado pela carga total de treinamento.

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