ESTUDO DO LIMIAR ANAERÓBICO VENTILATÓRIO EM ADOLESCENTES COM PESO NORMAL E EXCESSO DE PESO

Nome: KAMILLA BOLONHA GOMES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 16/03/2012
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
LUCIANA CARLETTI Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANSELMO JOSE PEREZ Coorientador
LUCIANA CARLETTI Orientador
MARIA URBANA PINTO BRANDÃO RONDON Examinador Externo

Resumo: O objetivo deste estudo foi identificar e comparar os valores das variáveis cardiorrespiratórias no limiar anaeróbico ventilatório (LAV) de adolescentes de ambos os gêneros com peso normal, sobrepeso e obesidade. Participaram do estudo 311 adolescentes com idade entre 10 e 14 anos, sendo 163 meninas e 148 meninos, estudantes do município de Vitória/ES. Foram mensurados peso corporal e estatura para cálculo do índice de massa corporal (IMC). A partir da classificação pelo IMC, pelos critérios da Organização Mundial da Saúde (2007), os adolescentes foram divididos em grupos: peso normal (GPN), sobrepeso (GS) e obesidade (GO). Os mesmos foram submetidos a um eletrocardiograma de repouso, e em seguida realizaram o teste de esforço cardiopulmonar em esteira ergométrica (Inbrasport Super ATL), utilizando o ergoespirômetro MedGraphics Corporation (MGC) e realizando o protocolo de rampa, que consiste em aumento progressivo da velocidade e da inclinação da esteira. O LAV foi identificado pelo método V-slope e/ou pelo equivalente ventilatório de oxigênio (VE/VO2). Para avaliar a aptidão cardiorrespiratória no LAV foram analisadas as seguintes variáveis: o consumo de oxigênio (VO2 L.min-1 e ml.kg-1.min-1), produção de dióxido de carbono (VCO2 L.min-1), razão de troca respiratória (RTR), ventilação minuto (VE L.min-1), frequência cardíaca (FC bpm), VE/VO2, equivalente ventilatório de dióxido de carbono (VE/VCO2), percentuais do consumo máximo de O2 (%VO2máx LAV) e da FC máxima (%FCmáx LAV), e velocidade (km/h). Para análise estatística foi realizada a ANOVA de uma via para as comparações das variáveis cardiorrespiratórias e da variável relacionada à carga de trabalho entre as três classificações do IMC e nas classificações do IMC em cada gênero; e teste t de Student para as comparações entre os gêneros, considerando p < 0,05 para significância estatística. Os principais resultados foram: o VO2 LAV (ml.kg-1.min-1) foi maior para o GPN quando comparados ao GS e ao GO (20,0 ±7,3; 16,5 ±5,9 e 13,6 ±3,2, respectivamente); não houve diferença estatística entre GS e GO para VO2 LAV (ml.kg-1.min-1), bem como entre GPN, GS e GO para FCLAV, FCmáx, %FCmáx LAV, RTRLAV e VELAV; na comparação entre os gêneros, os meninos do GPN obtiveram maiores médias para VO2 LAV (L.min-1 e ml.kg-1.min-1), VCO2 LAV (L.min-1), RTRLAV, VELAV (L.min-1), e velocidade (km/h) do que as meninas do mesmo grupo; não houve diferença estatística entre os gêneros no GS, exceto para VO2máx (maior nos meninos do que nas meninas), e no GO, exceto para o %FCmáx LAV (maior nas meninas do que nos meninos). É possível concluir que adolescentes com excesso de peso apresentaram a aptidão cardiorrespiratória prejudicada (nível submáximo) quando comparados aos adolescentes com peso normal. Os adolescentes com sobrepeso se assemelharam aos obesos, em termos de respostas cardiorrespiratórias no LAV, mostrando que os primeiros apresentaram uma aptidão cardiorrespiratória tão baixa quanto os últimos. Meninos e meninas com excesso de peso não apresentaram diferenças nas respostas cardiorrespiratórias no LAV, sinalizando para a diminuição das diferenças entre gêneros nessa faixa etária, normalmente encontradas nos adolescentes com peso normal devido ao processo de crescimento e estado maturacional

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