Efeitos da suplementação aguda de Capsiate na eficiência muscular, contribuição dos sistemas energéticos e no desempenho em sprints repetidos em cicloergômetro

Nome: LAÍS PESSANHA LEAL

Data de publicação: 06/12/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ADRIANO FORTES MAIA Presidente
DANILO SALES BOCALINI Examinador Interno
LUCAS GUIMARÃES FERREIRA Coorientador
LUÍS SÉRGIO FONTELES DUARTE Examinador Externo

Resumo: Suplementos ergogênicos são frequentemente utilizados para melhorar o desempenho físico. Capsiate é um análogo não pungente da capsaicina que tem demonstrado efeito sobre valências musculares, mas sua eficácia em exercícios de alta intensidade tem sido pouco explorada. O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos da suplementação aguda de capsiate na eficiência muscular, contribuição dos sistemas energéticos e desempenho em sprints repetidos em jovens adultos. A metodologia consistiu de estudo randomizado, duplo-cego, crossover envolvendo 8 participantes (idade: 23 ± 2 anos; altura: 177 ± 5 cm; peso: 74 ± 8 kg). Os participantes realizaram 10 sprints de 6 segundos com 30 segundos de intervalo entre cada sprint, em duas condições experimentais: suplementação com capsiate (12mg) e placebo (maltodextrina). As variáveis analisadas incluíram potência máxima e potência média, trabalho médio e trabalho total, índice de fadiga, concentração de lactato sanguíneo, frequência cardíaca, eficiência neuromuscular, percepção subjetiva de esforço e mensuração da contribuição dos sistemas energéticos. A suplementação com capsiate resultou em aumento significativo na potência máxima (aumento médio de 4,2% ± 1,0%; p< 0,05), comparado ao placebo. Não houve diferenças significativas na potência média (250,4 ± 22,1 W vs. 245,3 ± 23,4 W; p = 0,12) ou índice de fadiga (27,5% ± 5,2% vs. 28,1% ± 5,6%; p = 0,20). As concentrações de lactato sanguíneo pré (4,2 ± 0,8 mmol/L vs. 4,0 ± 0,9 mmol/L; p = 0,31) e pós-sprint (12,3 ± 2,1 mmol/L vs. 11,8 ± 2,2 mmol/L; p = 0,28) foram semelhantes entre as duas condições. A eficiência neuromuscular e a percepção subjetiva de esforço também não diferiram significativamente. A análise da contribuição dos sistemas energéticos mostrou que durante os sprints, sob suplementação de capsiate ou placebo, não ocorreu alteração significativa na contribuição glicolítica ou oxidativa, nem interação sprints x suplementação. A suplementação aguda de capsiate gerou melhoras na potência máxima em sprints de curta duração em jovens adultos saudáveis, mas não influenciou significativamente a eficiência neuromuscular, a fadiga ou a contribuição dos sistemas fornecedores de energia. Esses resultados sugerem um potencial ergogênico do capsiate para atividades de alta intensidade e curta duração, embora estudos adicionais sejam necessários para explorar seus efeitos em outros parâmetros de desempenho e em amostras maiores.

Palavras-chave: Capisiate; suplementação ergogênica; desempenho físico; sprints repetidos; eficiência muscular.

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