O fardamento de policiamento ostensivo promove desconforto musculoesquelético em policiais militares

Nome: CAMILA BENEVIDES BRANDÃO SILVA

Data de publicação: 23/08/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ADRIANO FORTES MAIA Examinador Interno
DANILO SALES BOCALINI Presidente
FABIANO POLITTI Examinador Externo
FLÁVIA GIOVANETTI YÁZIGI Examinador Externo
ROBERTA LUKSEVICIUS RICA Coorientador

Resumo: A natureza do trabalho policial caracteriza-se por apresentar atividades críticas exaustivas, bem como situações ocupacionais que exigem elevada aptidão física, como correr, saltar, puxar, empurrar e carregar. Os equipamentos de proteção individual (EPI) e operacional são dispositivos obrigatórios para o desempenho da profissão tática policial, os quais, devido à sobrecarga física, podem gerar modificações fisiológicas e afetar o desempenho do militar em operações. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi avaliar o desconforto muscular de policiais militares do Batalhão de Missões Especiais do Espírito Santo com e sem o uso do fardamento de policiamento ostensivo. Participaram do estudo 42 policiais militares, todos pertencentes ao Comando de Operações Especiais (COE), lotados no Batalhão de Missões Especiais (BME) da cidade de Vitória - ES. O fardamento ostensivo é constituído pela combinação de equipamentos obrigatórios como colete balístico, cinto tático, coldre de perna, armas com seus carregadores principais e sobressalentes municiados, faca, coturnos, algemas, rádio comunicador e lanterna. A avaliação do desconforto musculoesquelético foi realizada através a aplicação do Diagrama de Corlett & Manenica com e sem o fardamento ostensivo completo. O instrumento divide o corpo em 27 partes e oferta ao avaliado um índice de desconforto em uma escala variando de 1 (ausência de dor) a 5 (dor extrema). A idade média geral foi de 37,1 ± 6,05 anos, índice de massa corporal de 28,2 ± 3,6 kg/m2 anos e 13 ± 6,7 anos de tempo de serviço. Diferença estatística (p<0,05) foi encontrada na massa corporal sem (86,80 ± 11,74, kg) e com (100,4 ± 12,24, kg) o fardamento ostensivo, totalizando um acréscimo de 13,06 ± 2,89 kg de massa proveniente dos equipamentos do fardamento. Diferenças significativas foram encontradas em todas as partes do corpo apenas na condição com e sem o fardamento ostensivo. Considerando o desconforto lombar, diferenças significativas (p<0,0001) foram encontradas com (2,70 ± 1,30) e sem (1,83 ± 1,17) o fardamento. Em conclusão, o uso do fardamento de policiamento ostensivo promove desconforto muscular de policiais militares do Batalhão de Missões Especiais do Espírito Santo.

Palavras-Chave: Segurança pública; policiamento militar; desempenho operacional.

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