Iniciativas de questionamento da ‘tradição’ na Educação Física: percepções através da trajetória acadêmica e profissional de 04 professores argentinos

Nome: DEBORA NASCIMENTO

Data de publicação: 14/04/2023

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FELIPE QUINTAO DE ALMEIDA Orientador

Resumo: A Educação Física, na Argentina, experimentou, nos finais da década de 80, diferentes iniciativas de renovação em seu estatuto teórico e epistemológico. Essas mudanças contribuíram com a proposição de diferentes orientações curriculares e diretrizes em nível Nacional para elaborações curriculares no âmbito da formação de professores de Educação Física e no atendimento na Educação Básica. De acordo com Cena, Fassina e Garro (2006) e Rozengardt (2014), a década de 80 é um período importante, porque expressa um marco histórico e social ante a possibilidade do fortalecimento de diferentes processos de contestação da “ordem” vigente que não dizem respeito somente a EF, mas sim ao contexto geral do país, marcado por processos sociais mais amplos que impactaram na trajetória de alguns professores e intelectuais da área. Nesse processo, segundo Levoratti (2018), diferentes profissionais apresentaram tensões acerca dos significados e objetivos da Educação Física. Tendo em vista essas mudanças, nossa pesquisa tem por objetivo analisar e compreender como essas iniciativas de questionamento da tradição, que impactou na trajetória de diferentes professores, repercutiu em como eles compreendem a EF. Em termos metodológicos, buscou-se conhecer e entrevistar quatro professores com participação ativa em diferentes espaços formativos da Argentina. Esses professores tiveram influências de diferentes países (da Europa e da própria América Latina). Assim, foram se apropriando de teorias, refletindo e incluindo novos conceitos em suas pesquisas e transformando suas próprias percepções sobre corpo, sobre a Educação Física, sobre sujeito, educação e mundo. Diante do exposto, é importante considerarmos os estudos da educação, da filosofia e da sociologia como contribuintes ao que tange o debate epistemológico e identitário na área da Educação Física. Foi possível perceber uma preocupação em não reduzir a EF ao esporte, à comparação, ao julgamento de um corpo “apenas” como biológico.

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