Efeitos do treinamento físico aeróbio em parâmetros do desempenho miocárdico e indicadores de estresse oxidativo em ratos submetidos a estresse de contenção

Nome: CARLOS HENRIQUE DE OLIVEIRA REIS

Data de publicação: 23/11/2023

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANA PAULA LIMA LEOPOLDO Coorientador
DANILO SALES BOCALINI Presidente
MAURO SÉRGIO PERILHÃO Examinador Externo
RODRIGO LUIZ VANCINI Examinador Interno

Resumo: Introdução: Não é de hoje que o estresse está presente em nossa sociedade, níveis elevados e sustentados desta condição mantido por um longo período pode resultar em sobrecarga com manifestações patológicas em diferentes órgãos e sistemas. Entretanto, a prática regular de exercício físico está associada a uma série de benefícios a saúde que pode atenuar ou normalizar inúmeras condições geradas por diferentes doenças e ou condições de agravo fisiológico. Objetivo: Avaliar as alterações do desempenho miocárdio e indicadores de estresse oxidativo em ratos submetidos a estresse de contenção. Métodos: ratas Wistar (n: 40) livres de patógenos foram randomizadas em quatro grupos distintos, cada um contendo 10 animais: controle (C), treinado (T), estressado (E) e estressando e treinado (ET). O protocolo de treinamento físico foi conduzido por meio de natação em piscina com água da piscina sendo constantemente agitada com auxílio de uma bomba e com temperatura entre 32-34°C. Após uma semana de adaptação, os animais se exercitaram 12 semanas, 5 dias por semana, 60 minutos/dia. Ja para a indução de estresse, os animais foram contidos individualmente, em um cilindro de PVC opaco de 20 cm de comprimento e 6 cm de diâmetros, com as extremidades fechadas e furos que permitam a circulação de ar por 1h por dia, 05 dias por semana, durante 12 semanas. Após a finalização do protocolo experimental os seguintes parâmetros foram analisados: massa corporal, aptidão física, intensidade do estresse, biometria cardíaca, pressão arterial, função ventricular e contratilidade miocardia. Resultados: Não foi encontrado diferenças significativas (p>0,05) na capacidade física dos animais antes do protocolo. Entretanto, após 12 semanas de treinamento os grupos T (antes: 102 ± 9, depois: 291 ± 23; segundos) e ET (antes: 93 ± 8, depois: 274 ± 36; segundos) aumentaram a capacidade física em 65 ± 2% e 61 ± 8% respectivamente sem diferirem entre si. Não foi encontrado diferenças (*(*p> 0,05) após o período de intervenção nos C (antes: 86 ± 17, depois: 101 ± 17; segundos) e E (antes: 96 ± 12, depois: 105 ± 11; segundos) que também não diferiram entre si, mas foram inferiores (p<0,05) aos grupos T e ET. Considerando os níveis de corticosterona, os valores relativos do grupo E (335 ± 9 nmol/L) foram superiores (p<0,05) aos grupos C (141 ± 3 nmol/L), T (174 ± 3 nmol/L) e ET (231 ± 7 nmol/L) que também diferiam entre si. conforme demonstrado os valores da glicose do grupo E foram superiores (p<0,05) em todos os tempos após sobrecarga de glicose em relação aos grupos C, T e ET que não diferiam (p>0,05). Em relacao a pressao arterial sistolica, nao foram observadas diferencas significativas entre os animais ao longo das semanas tanto no grupo C quanto no grupo T. Contudo, a pressao arterial sistolica dos animais do grupo E aumentou significativamente a partir da 6 a semana em relacao a primeira semana diferentemente do grupo ET que apresentou elevação somente na 12 a semana em relação a 1a semana. Adicionalmente a pressão arterial do grupo ET foi superior aos grupos C e T, contudo inferior ao grupo E, demonstrando, atenuação no desenvolvimento de hipertensão. Não foram identificadas alterações nas massas cardíacas e na contratilidade miocárdica entre os grupos, contudo, considerando indicadores da função ventricular, cabe mencionar que os valores correspondentes a onda E e E/A do grupo E foi maior que os grupos C, T e ET que também foi superior aos grupos C e T que não diferiram entre si. Considerando os parâmetros histomorfometricos, tanto o volume nuclear como o conteúdo de colágeno do grupo E foi superior aos grupos C, T e ET que não diferiram entre si. Os valores da concentração de TBARS do grupo E (0,74 ± 0,07 µmols/mg) foi maior (p<0,05) que os grupos C (0,49 ± 0,03 µmols/mg), T (0,42 ± 0,02 µmols/mg) e ET (0,43 ± 0,05 µmols/mg) que não diferiram (p> 0,05) entre si. De maneira similar a concentração de proteínas oxidadas do grupo E (1,47 ± 0,29 nmol/ml) foi maior (p<0,05) que os grupos C (0,76 ± 0,04 nmol/ml), T (0,72 ± 0,02 nmol/ml) e ET (0,69 ± 0,05 nmol/ml) que não diferiram (P>0,05) que também não diferiram entre si. Conclusão: O conjunto de dados apresentado no presente estudo indica que a associação entre estresse de contenção e treinamento físico induz a maior intensidade de estresse, contudo promoveu atenuação da hipertensão arterial e da restrição do enchimento ventricular sem promover modificação em parâmetros da contratilidade miocárdica.

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