Caracterização das respostas fisiológicas e desempenho físico em um simulado contrarrelógio de 20 km com ritmo auto-selecionado em ciclistas categoria master

Nome: MICHELY VIEIRA ANDREATTA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 22/07/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
RICHARD DIEGO LEITE Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
DANILO SALES BOCALINI Examinador Interno
GERSON DOS SANTOS LEITE Examinador Externo
RICHARD DIEGO LEITE Orientador

Resumo: O contrarrelógio de ciclismo (CR) consiste em percorrer uma distância fixa no menor tempo possível. Sendo caracterizado como uma atividade aeróbia de alta intensidade e altas demandas metabólicas. O objetivo do estudo foi caracterizar as estratégias de ritmo auto-selecionadas para a manutenção do desempenho, e as respostas fisiológicas em um simulado contrarrelógio de 20 quilômetros em ciclistas da categoria master. Metodologia: Participaram do estudo 8 ciclistas, categoria master, sexo masculino (idade média 42,00±9,20 anos e experiência com o ciclismo 19,00±9,20 anos). Medidas de Repouso: antes de iniciar a sessão experimental os participantes ficavam 10 minutos deitados de repouso em uma maca com o ambiente climatizado (21 °C a 22 °C) e silencioso, logo após, era realizada a aferição da frequência cardíaca (FC) durante 5 minutos. Depois disso, amostras de sangue venoso, medidas antropométricas, marcadores de funcionalidade muscular foram coletados. Os seguintes marcadores de funcionalidade muscular foram utilizados neste estudo: amplitude do movimento articular (ADM), dor muscular-limiar de dor à pressão (LDP), circunferência da coxa (CIR) e salto vertical-squat jump (SV). Os participantes ingeriram um café da manhã padronizado após as coletas em repouso. Posteriormente, foi realizada a sessão de exercício. Um contrarrelógio de 20 km (CR20km): primeiramente, foi realizado um aquecimento durante 10 minutos de ciclismo individual com ritmo auto-selecionado. Logo após, foram autorizados cinco minutos de descanso. Por fim, os participantes foram instruídos a realizar o CR20km no menor tempo possível e utilizar a sua estratégia própria para distribuição do ritmo, e, como classificar a percepção subjetiva de esforço (PSE). Durante a realização do CR20km as seguintes variáveis foram coletadas: FC, PSE, tempo do teste, velocidade, cadência e potência. Medidas após o teste: imediatamente após o término do CR20km e 30 minutos após o teste, amostras de sangue venoso foram novamente coletadas para analisar o cell-free DNA (cfDNA). Além disso, após 30 minutos de recuperação, os marcadores de funcionalidade muscular foram reavaliados. Resultados: Os ciclistas escolheram um perfil de ritmo parabólico em formato de “U”, pois, potências maiores foram utilizadas no início, atenuado ao longo das distâncias percorridas e, no final valores semelhantes de potência do início do CR foram observados. O CR20km teve uma duração média de 34,36 minutos e preferiram pedalar com altas cadências (98 rpm no melhor km). Além disso, os ciclistas obtiveram uma FC média (185,19 ± 8,41 bpm) nos últimos 10% do CR que foi significativamente maior comparado aos outros momentos. A PSE aumentou linearmente com o valor pico correspondendo ao final do teste. O cell-free DNA e o salto vertical não apresentaram diferenças significativas após o CR20km. Para os marcadores de funcionalidade muscular, LDP e ADM apresentaram uma redução significativa 30 (minutos) após o teste, e a CIR aumentou estatisticamente. Conclusão: Diante disso o presente estudo fornece evidências que em simulado CR20km com intensidade auto-selecionada, um perfil de ritmo em formato de “U” com altas cadências foi espontaneamente selecionado pelos ciclistas. E não promoveu prejuízos na função dos músculos do quadríceps, apesar de altas exigências cardiovasculares.

Palavras-chave: Contrarrelógio; cell-free DNA; funcionalidade muscular; desempenho; estratégia de ritmo.

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