Produção dos saberes curriculares nas práticas pedagógicas: pensando a Educação Física nas Escolas de Ensino Fundamental de Vitória (ES)
Nome: BRUNO DE OLIVEIRA E SILVA
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 23/04/2021
Orientador:
Nome![]() |
Papel |
---|---|
FELIPE QUINTÃO DE ALMEIDA | Orientador |
Banca:
Nome![]() |
Papel |
---|---|
FELIPE QUINTÃO DE ALMEIDA | Orientador |
IVAN MARCELO GOMES | Examinador Interno |
MARCÍLIO BARBOSA MENDONÇA DE SOUZA JUNIOR | Examinador Externo |
MARCOS GARCIA NEIRA | Examinador Externo |
MARIANA ZUANETI MARTINS | Examinador Interno |
Resumo: Este estudo de tese está localizado na área de concentração Estudos Pedagógicos e Socioculturais da Educação Física, na linha de pesquisa Educação Física, cotidiano, currículo e formação docente do Programa de Pós-Graduação em Educação Física da Universidade Federal do Espírito Santo (PPGEF/UFES). O objetivo do mesmo foi problematizar, analisar e entender como são produzidas as relações de saberes entre a proposta curricular estadual do Espírito Santo (ES) para a Educação Física e suas práticas pedagógicas nas escolas estaduais que possuem Ensino Fundamental na cidade de Vitória/ES. A pesquisa organizou-se em três movimentos. a) Aspectos introdutórios e Capítulo 1: remonta a minha história; mostra a construção do objeto, objetivo e questões de pesquisa; ensaia um breve debate sobre o currículo como linguagem; delineia os meus caminhos investigativos, pautados no Currículo Básico Escola Estadual (CBEE) como artefato pedagógico/cultural, nos estudos culturais, na análise cultural, no circuito da cultura, e das 10 (dez) entrevistas semiestruturadas produzidas [6 (seis) professores/as, 2 (dois) pedagogos/as, 2 (dois) diretores/as] e do diário de campo das escolas Alfa, Beta e Gama, realizado no ano letivo de 2018 (SILVA, 2018). b) Este movimento versa sobre a operacionalização do componente curricular Educação Física e suas relações de saber. O Capítulo 2 foca nos documentos prescritos que podem ter pretensões curriculares (LDB; DCN; CBEE; PPs e documentos produzidos pelos/as professores/as), buscando nortear um projeto educacional e de escolarização dos sujeitos, anteposto nos preceitos do mundo do trabalho, das competências e habilidades. Já no terceiro capítulo, analiso o prescrito, o dito, o visto e o vivido dos conhecimentos/saberes/conteúdos perpassados pelas: práticas pedagógicas e discursivas; (im)possibilidades do cotidiano escolar; e relações de saberes. Assim, percebem-se os vínculos da EFI com a cultura corporal e/ou cultura corporal humana e os entendimentos no espaçotempo escolar sobre o que o componente curricular é: i) normalizado e burocratizado; ii) responsável por certo controle dos comportamentos; iii) salvacionista e edificador de valores por si só, instituídos nas práticas do esporte e da saúde; iv) o componente que incomoda. c) O último movimento analisa a gestão, planejamento, organização e estrutura da Educação Física nas escolas. O quarto capítulo subscreve as condições entre o que é esperado e desejado pelo corpo administrativo e o que professores/as e alunos/as julgam ser possível realizar, apontando para discursos e anseios diferentes. O último capítulo verbaliza acerca de como e de quem faz a Educação Física no currículo escolar, mostrando que as aulas são constituídas de relações e tensões entre as instituições, os sujeitos e os saberes que flertam ou refutam seus rituais de práticas com investimentos/desinvestimentos pedagógicos, de acordo com as micropolíticas de negociações estabelecidas no cotidiano escolar. Por fim, é esse conjunto de movimentos e relações que definem o que é Educação Física em cada escola, transformando esse componente ora em reflexões críticas sobre elementos sociais, culturais e políticas, ora em atividade ritualística de ocupação dos sujeitos escolarizados.
Palavras-chave: Educação Física. Currículo. Práticas pedagógicas. Relações de saber. Escola.