Infância, corpo e movimento na Educação Infantil de Brasil e Chile: uma perspectiva comparada

Nome: MARIA CELESTE ROCHA
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 10/02/2023
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
FELIPE QUINTÃO DE ALMEIDA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALBERTO MORENO DOÑA Coorientador
ALEXANDRE FERNANDEZ VAZ Examinador Externo
DESIREÉ LÓPEZ DE MATURANA LUNA Examinador Externo
FELIPE QUINTÃO DE ALMEIDA Orientador
GLADYS JIMÉNEZ ALVARADO Examinador Externo

Páginas

Resumo: Analisa em perspectiva comparada, o lugar que os temas corpo e movimento ocupam nas políticas educacionais e prescrições curriculares para a educação infantil de Brasil e Chile. De maneira mais específica, discute e compara os modos como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e as Bases Curriculares Educación Parvularia (BCEP) concebem e fundamentam o trabalho com o corpo e movimento das crianças na Educação Infantil de Brasil e Chile, identifica quais as concepções de corpo, movimento, criança e educação estão presentes nesses documentos, reflete sobre os modos que se estruturam os trabalhos pedagógicos com o corpo e movimento das crianças na educação infantil e discute as semelhanças e diferenças entre as propostas educativas analisadas. Metodologicamente opera um estudo comparado (FERREIRA, 2008, 2014; NÓVOA; CATANI, 2000; SCHRIEWER, 2018) pautado numa pesquisa bibliográfica e documental. A partir das categorias de análise, descreve cada contexto investigado e dialoga com as semelhanças e diferenças identificadas entre eles. Defende a tese de que existem mais semelhanças do que diferenças nos modos como Brasil e Chile pensam e propõem o trabalho pedagógico com o corpo e movimento das crianças de zero a cinco/seis anos. Nos discursos sobre a educação infantil chilena e brasileira, de maneira geral, o corpo e movimento ocupam lugar de destaque nas experiências de aprendizagem direcionadas às crianças de zero a dois anos. Apresentam-se marginalizados nas experiências de aprendizagens direcionadas às crianças de dois a quatro anos. De forma mais radical, naquilo que corresponde às propostas educativas para as crianças de quatro a seis anos, tamanha secundarização, nos permitiu, inclusive, falar do ‘não lugar’ do corpo e movimento nas aprendizagens esperadas para essas crianças. Portanto, falar do lugar do corpo e movimento na educação infantil, implica considerar, entre outras questões, o grupo etário ao qual a criança pertence. Ao analisar os atravessamentos curriculares que, de maneira mais direta, têm influenciado o trabalho com o corpo e movimento, no caso brasileiro, se destaca a presença da Educação Física como componente curricular das propostas pedagógicas municipais. No contexto chileno, sobressaem-se os programas desenvolvidos com finalidades de implementar uma ‘cultura’ de movimento no combate à obesidade e sedentarismo. Esta tese evidencia, portanto, que Brasil e Chile se aproximam nos discursos presentes nas bases, porém se distanciam nos modos como as tematizações do corpo e movimento nas práticas pedagógicas são atravessadas.

Palavras-chave: Educação comparada; Corpo e movimento; Educação Infantil; Bases Curriculares.

Acesso ao documento

Acesso à informação
Transparência Pública

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Fernando Ferrari, 514 - Goiabeiras, Vitória - ES | CEP 29075-910