Sumario: Dentre as doenças cardiovasculares, a prevalência, a morbidade e a mortalidade da insuficiência cardíaca (IC) tem sido caracterizada pelos pesquisadores como um problema que desafia a saúde pública mundial. Com o desenvolvimento das cidades, os fatores de riscos para arteriosclerose como a hipertensão, o diabetes, a obesidade e a síndrome metabólica vem aumentando a incidência do infarto do miocárdio (IM). Paralelamente, observa-se aumento da sobrevida pós-infarto, elevando-se o número de indivíduos com disfunção sistólica de ventrículo esquerdo (VE) que podem evoluir para condição clínica de IC. Apesar dos avanços, no diagnóstico e no tratamento da doença cardíaca isquêmica, a disfunção contrátil pós-infarto é considerada uma importante desordem cardiovascular mundial. Inúmeras terapias clínicas, farmacológicas e cirúrgicas disponíveis na atualidade podem ser eficientes na melhora do prognóstico em pacientes com IM, em especial nas fases precoces da história natural da doença, enquanto outras são eficientes na melhora da qualidade de vida mesmo depois de desenvolvida a insuficiência ventricular. Junto a estas terapias, estratégias de prevenção tanto para doença isquêmica quanto para prevenção da IC através da identificação e controle de seus fatores de risco vem sendo amplamente estudada. Dentre essas estratégias, a inatividade física tem sido fortemente associada com aumento do risco para a morbidade e mortalidade cardiovascular sendo considerada a primeira causa das desordens de saúde na sociedade. No ponto de vista preventivo, a prática de exercícios físicos e a melhora da capacidade funcional são associadas à redução de incidência de eventos coronários e frequência de IM fatais e diminuição do tamanho do IM. Após o IM, experimentalmente, a aplicação do treinamento físico aeróbico sobre a função cardíaca vem sendo extensivamente estudada, sendo mostrado atenuação do remodelamento ventricular, aumento da perfusão coronariana, normalização do transiente de cálcio e melhora da capacidade física. O treinamento resistido (TR) vem sendo aplicado principalmente em programas de reabilitação. O TR é aplicado para o desenvolvimento da força, da resistência e da potência da musculatura esquelética, com destaque para aumento da força muscular nas mais variadas patologias e populações e hipertrofia tanto da musculatura esquelética quanto da miocárdica. Tradicionalmente este tipo de treinamento era desaconselhável a esta população porque acreditava-se que poderia proporcionar intensificação de arritmias, respostas hemodinâmicas anormais, aumento do stress parietal, diminuindo a perfusão miocárdica. Entretanto, a partir da década de 90 o American College of Sports Medicine incorporou em seu guia a prática de TR para adultos saudáveis com idades variáveis. Atualmente, evidências indicam que este tipo de treinamento seja isolado ou combinado com exercício aeróbios é eficiente por promover modificações periféricas favoráveis em indivíduos com IC sem promover eventos adversos. Dentre as adaptações, a força muscular por facilitar a execução das tarefas da vida diária, regularizar a redução das fibras tipo 1 e por considerada um bom preditor para melhora do VO2pico, da função ventilatória e da sobrevida em pacientes com severa IC. Contudo, em modelos experimentais os estudos ainda são escassos, sendo encontradas as seguintes adaptações: hipertrofia cardíaca pela via dos receptores AT1, sem promoção de alterações hemodinâmicas, nas catecolaminas séricas e na função ventricular tanto sistólica quanto diastólica.
Fecha de início: 01/12/2021
Plazo (meses): 56
Participantes:
Papel | Nombre |
---|---|
Coordinator * | DANILO SALES BOCALINI |
Researcher * | ANA PAULA LIMA LEOPOLDO |
Student Master * | LEISIANE GOMES DIAS |
Vice coordinator * | ANDRÉ SOARES LEOPOLDO |