INVENTÁRIO DAS CONDUTAS NA ESCOLA: UMA ANÁLISE DAS RELAÇÕES DE PODER

Nome: SILVANA REIS DOS ANJOS
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 30/07/2012
Orientador:

Nomeordem crescente Papel
SANDRA SOARES DELLA FONTE Orientador

Banca:

Nomeordem crescente Papel
SANDRA SOARES DELLA FONTE Orientador
IVAN MARCELO GOMES Examinador Interno
FELIPE QUINTÃO DE ALMEIDA Examinador Interno
ANA LUCIA COELHO HECKERT Examinador Externo

Resumo: Esta dissertação discute as formas que as relações de poder assumem no espaço escolar a partir da noção de governo como conduta, fruto de um deslocamento das análises foucaultianas no eixo do poder. A grade conceitual tecida a partir dessa noção oferece um entendimento que não pretende fixar as relações como dominação (de um lado, os dominados e, do outro, aqueles que dominam), mas,assumindo o poder como uma ação sobre ações, faz ressaltar a liberdade nas relações de poder. O objetivo desta investigação é questionar a crença de que as formas impositivas e coercitivas na escola têm um poder total. Interessa saber como se dão os modos com que uns desejam agir sobre as ações do outro. Como os sujeitos constroem seus modos de conduzir e serem conduzidos diante da complexidade de relações no contexto escolar? Pretende, assim, incitar uma discussão sobre as formas de condução que podem ampliar a experiência dos sujeitos nesse espaço que se coloca como espaço de transmissão, ampliação e construção de conhecimento. Para tanto, realiza uma pesquisa empírica em uma escola de ensino fundamental do município de Serra (ES), na qual traça um inventário das condutas a partir do aporte metodológico do estudo de caso etnográfico e da observação participante. Os resultados trazem a escola como espaço complexo de condutas diversas, local de ambiguidades, de ações e reações diversas com intensidades e impactos diferenciados. Os dados apontam dois grandes horizontes. O primeiro compõe-se de condutas que se constroem a partir de contextos de dominação, e o outro, de condutas que sinalizam o exercício da liberdade. Por um lado, a escola evidencia contextos de dominação, por outro, aparece como cúmplice do cuidado de si. Isso se materializa em ações de professores e alunos. Esses dados apontam como desafio pensar nas formas pelas quais os sujeitos são afetados nos diferentes espaços e tempos da instituição escolar em prol de uma condução mais sensível na qual as atitudes críticas, burlescas e criativas sejam potencializadas afirmando os sujeitos como forças criativas.

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